Sentei-me por um momento na cama e assim que levantei, notei que tudo girava. Senti-me como num filme e pensei que isso logo passaria. Mal eu sabia que estava completamente enganada.
Meu primeiro pensamento foi que eu precisava comer alguma coisa e, me segurando nas paredes, fui pegar uma maçã; comi uns pedaços e não melhorei. Deitei na cama, na espera de que tudo voltasse ao normal: novamente enganada. Resolvi levantar, mas tudo voltou e saiu pela minha boca, se é que você me entende. Logo ouvi gritos pela casa, enquanto eu apenas repetia "estou bem, estou bem", quando na verdade não estava.Pelas próximas três horas essa cena se repetiu e eu acabei indo ao hospital. Percebi que não conseguia dar um passo se quer, pois tudo girava e eu sentia uma dor de cabeça insuportável. Imaginei-me num filme. Conseguia ouvir a possível trilha sonora, que era como se alguém estivesse batendo com um martelo na minha cabeça.
No hospital, mesmo com um convênio médico que pudesse me atender, tive que esperar por horas que pareciam uma eternidade. Imagino quem não tem o privilégio de poder pagar um convênio, depende do governo para um atendimento hospitalar, para o cuidado da sua saúde, que é algo essencial; afinal, quem somos nós se não tivermos ao menos saúde?
Enquanto o mundo parecia girar, podia perceber as pessoas ao redor me olhando, mas eu não conseguia definir os seus rostos. Em meio a tudo isso, eu simplesmente achei um lugar para me sentar e então fechei meus olhos. Minha consulta não demorou nem cinco minutos, pois o médico simplesmente me receitou algum remédio que desconheço e disse para eu tomar quatro medicações diferentes na veia.
Novamente, sentei na cadeira e esperei por longos minutos até a enfermeira chegar. Quando ela chegou, para piorar toda a situação, ela não conseguia encontrar uma veia sequer no meu braço. Furou uma vez e não conseguiu, furou em outro lugar no mesmo braço e nada. Após um tempo, eu percebi que estava me sentindo mal de novo, mas dessa vez eu sabia que a causa eram os remédios.
Fui liberada era quase meia noite (se não me engano), mas havia perdido toda a noção do tempo e de tudo ao meu redor. Ainda me sentia num filme sem fim, exceto pelo fato de que agora eu estava melhor do que antes.
Esse mês de Outubro não foi nada fácil para mim e esse acontecimento agora nos últimos dias não ajudou muito, mas, olhando para o lado bom de tudo isso (por mais difícil que seja) a nossa saúde é muito importante. Pode parecer algo meio óbvio de se dizer, mas muitas vezes não damos valor isso.
Tentei encontrar algo bom diante de todo o ocorrido e só me vem uma frase em minha mente, a qual depois desse episódio, vou procurar lembrar dela sempre: "Conte suas bençãos, não seus problemas."
Giovanna CSilva
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